Os efeitos das mudanças climáticas é um tema que falamos muito por aqui, já que está conectado diretamente com o nosso propósito. Uma boa gestão de resíduos com destinação correta do lixo é apenas uma das necessidades em um universo de medidas que podem – e devem! – ser tomadas para o controle das alterações climáticas e a emissão de gases do efeito estufa.
Essa adaptação e mudança na maneira em que vemos e fazemos as coisas traz desafios diários, mas também traz oportunidades para o desenvolvimento de tecnologias e negócios. Ou seja, se abrir para novas soluções é como abrir a porta para um novo mundo, que pode sim ser mais sustentável e bom para a sociedade, para o planeta – adivinhem – para a economia.
Pensando nisso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) desenvolveu um documento para promover a economia de baixo carbono, que nada mais é do que um sistema que busca ter um impacto menor no meio ambiente, com novas tecnologias e foco na redução ou eliminação da emissão dos GEE (gases de efeito estufa).
Este documento, criado para trazer recomendações para o próximo mandato eleitoral, traz propostas voltadas para quatro pilares: transição energética, mercado interno de carbono, economia circular e conservação florestal.
Queremos trazer informação sobre tudo que permeia o mundo Musa, trouxemos um resumo para você que não tem tempo para ler todas as propostas da CNI, mas quer se manter atualizado! Confira abaixo um recorte das recomendações apresentadas abaixo.
Pilar 1: Transição Energética
O Brasil tem um grande número de fontes energéticas renováveis, com 48% de sua matriz de energia provenientes dessas fontes. O país tem 219 hidrelétricas em operação, gás natural, combustível derivado de cana-de-açúcar e até combustível energético derivado de resíduos (olha o lixo virando matéria-prima!), entre tantas outras coisas. Isso nos coloca em vantagem, considerando que o resto do mundo conta com apenas 14% dessas fontes.
Entre algumas das recomendações da CNI, estão a implementação dos instrumentos da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) para a recuperação energética e estabelecer a regulamentação para os mercados de energia eólica offshore, hidrogênio e Carbon Capture and Storage (CCS).
Pilar 2: Mercado de Carbono
A precificação do carbono no mercado brasileiro ainda está engatinhando justamente pela falta de regulamentação, o que é algo necessário para que possamos transitar para uma economia de baixo carbono e assim reduzir os gases do efeito estufa.
Lembra do Acordo de Paris? É ele que regula o Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável (MDS), que é um instrumento financeiro que permite que o setor privado invista em projetos voluntários de redução de GEE. Esses projetos e medidas são estratégicos para atingir outra meta prevista no acordo: a neutralização de 100% de emissões de GEE até 2050 no Brasil.
O documento desenvolvido pela indústria recomenda uma atuação em parceria com o setor produtivo para posicionar o Brasil como líder no mercado global de carbono, com um sistema robusto de Mensuração, Relato e Verificação (MRV), entre outras medidas, com apostas em energias limpas em substituição das fósseis.
Vamos aterrissar esse foguete no Mundo Musa? Contribuímos para esse pilar com a destinação correta dos rejeitos, que é aquele resíduo que geralmente não pode ser reutilizado (como papel higiênico usado, máscaras reutilizáveis, absorventes, entre outros), e a indústria o transforma em combustível energético.
De acordo com a indústria cimenteira, cada tonelada de resíduo utilizada como substituto dos combustíveis fósseis evita a emissão de 1,2 toneladas de CO2, evitando a queima de carvão, por exemplo. Ou seja, o lixo nesse caso é uma alternativa mais sustentável.
Pilar 3: Economia Circular
A economia circular é um sistema que busca utilizar produtos da melhor forma possível ao longo da sua cadeia produtiva, com uso mais consciente dos recursos naturais. A aplicação desse conceito no setor industrial faz com que a cadeia seja repensada, com a recuperação de recursos e otimização dos processos produtivos.
A circularidade também contribui para redução da emissão de GEE, por isso é necessário que uma Política Nacional de Economia Circular seja implementada, com incentivos para a logística reversa, e uma definição de indicadores para o mapeamento e rastreabilidade dos recursos.
A Musa, por exemplo, é um agente da logística reversa, com a destinação dos resíduos para nossos receptores parceiros, que fazem a separação de cada tipo de reciclável e retornam essa matéria-prima para a indústria.
Pilar 4: Conservação Florestal
Com a 2ª maior área de florestas do mundo, o Brasil tem um grande diferencial competitivo com a proteção destas áreas, considerando que o desmatamento evitado é igual a um maior armazenamento de carbono. Apesar disso, é alarmante o aumento de 21,97% do desmatamento em 2021, de acordo com o Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes).
Por isso é fundamental que a fiscalização e monitoramento dessas regiões seja cumprida, com efetivação e implementação dos instrumentos previstos no Código Florestal, além do aperfeiçoamento do ambiente institucional para o desenvolvimento da bioeconomia.
Você sabia que a Musa também contribui para a preservação da Floresta Amazônica? Com ajuda da Carbonext, calculamos todo o carbono emitido na nossa operação de gestão de resíduos e também do nosso escritório, e compramos créditos de carbono para fazer a neutralização das emissões.
Esses créditos são provenientes da preservação de áreas que correm risco de desmatamento na Amazônia, protegendo não apenas a floresta, mas também a comunidade local, com iniciativas que trazem benefícios socioeconômicos.
Percebeu como tudo está interligado? Precisamos conectar todos os planetas desse universo, para contribuir e enfrentar os desafios climáticos em diferentes frentes, para caminhar para um mundo mais sustentável. A transformação dos métodos de produção, modelos de negócios e hábitos de consumo precisam continuar avançando, para que possamos investir em um futuro melhor para nós e para o planeta.